quinta-feira, fevereiro 23, 2006

a queda de um anjo


O vento chicoteia-me os cabelos, enquanto olho para o abismo que se estende a meus pés. É profundo e escuro, vasto e certamente desce até aos confins do infinito. Vê pela positiva Morwen... saíste do outro a custo, mas saíste. Estás aqui. Viva. Pode ser que este não seja tão mau...

Sinto o ar a suportar-me o peso. O meu cabelo revolve em torno da minha cara à medida que me afundo na escuridão...

Vejo agora que o erro foi quando saltei. É a chamada falácia da generalização precipitada. Um só argumento serve para refutar a tese. O problema é que eu estou em queda livre e não sei onde nem quando vou aterrar.
Procuro algo onde me agarrar, mas as paredes são de pedra lisa e fria...
Quando me viro de costas, para as estrelas e para a lua que alumiam a minha queda, penso nas incertezas que povoam os meus pensamentos, e ouço os bichos da madeira a perfurarem as madeiras das minhas raízes.
Sei que não vou ter resposta às minhas perguntas...divagar pra quê?
Enrolo-me com a ajuda da pressão que me envolve e fecho os olhos, humedecidos por causa do frio. Fecho os olhos... e deixo-me cair...

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

aturar...aturar...

Podem-me explicar porque é que as pessoas que nós mais gostamos têm tendência para nos deixarem na merda quando estamos bem??
É que uma pessoa fica como o Moleskine. a escorrer pela parede. à espera de um começo melhor, de uma existência melhor, de um fim diferente.
De um fim diferente.
Mas pelos vistos essa ideia é uma quimera, porque tudo em que aposto tem um fim de merda.
E voltamos nós às secreções com pedacinhos de amendoim...

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

carta ao leitor parte II



caros leitores:
eu sei, eu sei. é verde. BERDE.
e, confesso... senti-me tentada em mudar a cor do blog para vos agradar. mas...
porra. o blog é meu e eu estaria a revelar uma grande falta de personalidade se só fizesse aquilo que os meu parentes (e não só...) querem.
por isso...

Estrebuchem praí! fica verde e acabou!!!



e isto é para não andarem a duvidar da minha lealdade ao azul...

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

bichinhos... e tal

caros leitores:
como já repararam, o blog tá diferente. deu-me o bichinho da mudança e apeteceu-me pô-lo de patas para o ar (neste caso, mudei-lhe a cor). Espero que ostracize o ambiente soturno que antes pesava na página e que a leitura passe a ser mais agradável.
e não esquecer que o verde é esperança...

beijo grande,
morwen

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

tempos áureos??

A chuva batia sonoramente na janela, salpicando os vidros com preguiçosa melodia.
Encontrava-se na cama, sob a pilha de cobertores que a mantinham agradavelmente quente e via aquele lençol molhar os campos e as árvores. Como estava bem ali, enroladinha nas mantas e a ver o mundo agitar-se lá fora...! mexeu-se o suficiente para se permitir agarrar o caderno de apontamentos e a caneta que se encontravam sobre a mesinha.
mais um suspiro, este não tão saudável. ai, como gostava de poder voltar aos tempos áureos da sua escrita... ou ainda mais atrás!! aos tempos da sua inocência...(divagações inúteis acerca do sentido da vida e etc.)
olhou para o papel, as palavras desenhavam-se sozinhas, como se uma outra parte da sua alma estivesse das suas divagações e desejasse dar largas ao que se passava dentro de si.

"Nunca a vida se me apresentou tão bela, tão ligeira, tão inacreditavelmente apetitosa. nunca antes senti este gosto pelos sorrisos, pelas piadas, pelo bem-estar.
posso dizer que sou feliz, porque me fazes feliz, porque me ensinaste a sê-lo.
nunca pensei que a beatitude fosse algo tão pagão. sim, porque não lhe vou chamar "amor fraternal", não penses.
sempre me disseram que se pode ser feliz com pouco. hoje eu concordo. temos é de ter as coisas certas... e as pessoas certas.
acho que só as descobrimos tarde de mais, mas se pedirmos com força, por vezes é-nos concedida uma nova hipótese. ainda bem que isso me aconteceu.
Vê lá é se não foges do redil, as noites estão e os lobos têm uivado perto.
obrigada por.... tudo"

olhou para as letras e para o relógio.
para as letras.
para o relógio.

"que se lixe, agora também não dá tempo para mudar. se gostar, gostou. se não gostar... gosta na mesma e eu depois compenso. o autocarro é que não espera. e a chuva também não."

daí a pouco o céu abriu.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Deus Castiga

há pouco olhei pela esquina e vi o TERROR!!
"meu deus", pensei ..." o que um bocadinho de botox fazia naquela cara!"... pera aí... "botox?!" Nãaaaao! uma verdadeira reconstrução facial fazia milagres!!
(e ando eu para aqui a cortar na casaca a quem não merece. sou mesmo podre!...não liguem a esta entrada, é a dor de dentes que me está a rebentar com a mona que produz destas coisas...).

mudando de assunto...
de certeza que já devem ter sido alvo daquelas "pequenas contrariedades da vida", aquilo que costuma aparecer como acne, ou dor de dentes, ou qualquer outro tipo de infecção que é provocada por quem?! vá, todos!! POR BACTÉRIAS/FUNGOS!!!
e a minha pergunta é: para que é que elas servem, para além de ajudarem a decompor coisas mortas/ serem alvo de um qualquer animalzinho nojentinho (lesma) que os deguste com prazer....! Pra quê??
sim, porque eles parecem ser as "entidades" mais sádicas que alguma vez existiram! bem piores que o Hitler no dia do orgulho gay ou o Vlad Tepes no tempo das invasões muçulmanas.... oh sim, eles muito gostam de nos estragar a vidinha!! e sim aparecem na altura mais... propícia!!

Fujam, Fujam... ELES VÊM AÍ!!!!!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006


para quem nunca me viu...
não se assustem!!
beijo Enorme