quarta-feira, julho 26, 2006

14 de julho de 1988/2006

e já lá vão 18 anos.
não é que me sinta propriamente aliviada com o facto de as cargas fiscais estarem à porta, mas com o meu nome no subscrito. ainda não me sinto 'uma mulher'. continuo a mesma maluca qu o pessoal sempre conheceu. e ainda bem que as coisas só mudam aos bocadinhos!!

era para escrever isto ao pé da minha almofada, na parede do meu quarto (sim. eu posso escrever na parede do meu quarto...:p)
"não te esqueças daquilo que ama,daquilo que sentes todos os dias, por seres diferente,por seres tu. não te esqueças que a vida muda a casa momento nas suas infindáveis variáveis. e nunca te sintas só,porque nas gretas da tua solidão tão própria há de nascer sempre uma flor. e claro que sempre podes agradecer ao pai e à mãe e,quiçá ao pastor alemão do terceiro direito por terem tornado a tua vida (e o teu dicionário de palavras torpes-muito-pouco-apropriadas-para-alguém-do-teu-tamanho) muito mais interessante.'

enfim. como diria o sr. pedro abrunhosa (AAAAAAAARRRRRGH!!)
'EU ESTOU AQUI'.
beijinhosss

domingo, julho 09, 2006

10 de julho

Num dia de sol, no tórrido calor, olhou pela janela e pediu a chuva.
depois aquando a Monção, sentiu as pingas na cara e viu as folhas vermelhas a pairar sobre a sua cabeça, sentiu que isso não a satisfazia, tão-pouco tornava a melancolia mais fácil de aguentar. chamou então pela humidade gélida do orvalho, a coisa mais parecida com a neve que alguma vez sentira entre os dedos. mas quando os galhos retorcidos das árvores ficaram despidos, o vazio da estação não a aconhegou, e em vão o calor da laleira lhe aqueceu o corpo, em nada o natal e os açúcares e especiarias lhe serviram, ao lhe sobrecarregarem os sentidos. a solidão sorriu-lhe de debaixo do raquítico pinheiro, acenou-lhe de fora das janelas embaciadas e entregou-se em mãos, em mais um livro, mais um bilhete para outro mundo.
e assim se passaram muitas estações, até que já não pedia pela chuva quando chegava o sol, e já não chamava pelo orvalho quando semtia a melancolia a pingar-lhe na cara. porque tudo deixara de ser simplesmente metáfora e passara a encarnar o dia-a-dia, e nem as escapadelas para mundos paralelos resolviam a questão. e então... veio o Éolo. que abanou, chocalhou, sirandou pelo meio das teias de aranha literárias da sua cabeça... e enfim, fez uma barulheira infernal. e depois de se ter armado em mafarrico, foi-se embora, mais corrido do que outra coisa, e lá foi ela limpar tudo e tentar organizar-se. uma tentativa louvável, de facto.
mas enfim, dizem que Cronos foi o primeiro grande Curador, e cá para mim às vezes funciona melhor que a aspirina ou o Trifene 200, e as coisas lá tomaram o seu rumo. tanto é que não quer outra coisa.
quer mesmo, mesmo ficar sozinha. para quê andar a passar por tudo aquilo outra vez?
fechei-me na minha concha, mas sei que mesmo que não o tivesse feito, não há ninguém que olhe para além da superfície. simplesmente porque... é mais fácil assim.

Flutuo
Consigo deslindar o meu rosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas confesso

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar amanhã

Flutuo
Consigo deslindar o meu rosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais-que-perfeito

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar amanhã, amanhã, amanhã

Hoje eu vou fugir para não me dar à vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã
Amanhã, amanhã
Flutuo.

susana félix

a esturricar no saara...k seca!

de férias, sem fazer nehum, com a pele de fada do lar. mas porque é que as aulas não recomeçam...
vêm aé as escavações... YUPIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!